2 de jul. de 2011

Terceiro "Transformers" serve como show de efeitos especiais

A irritação de dois meninos, com idades entre 8 e 10 anos, assistindo a “Transformers: O Lado Oculto da Lua”, traduz bem o que se passa com o terceiro filme da franquia lançada em 2007, com direção de Michael Bay. “Sério mesmo que eles vão ficar deslizando pelas janelas do prédio e nem vão se machucar?”. O amigo responde: “O que você queria? É tudo computador”. A cena em questão dura cerca de cinco minutos. Os personagens “humanos” fogem dos monstrengos pulando de andar em andar, em um prédio que está prestes a cair. Fica no cai-não-cai por minutos que parecem um filme à parte. Realmente os protagonistas saem ilesos, após superarem o desafio de deslizar no “tobogã” coberto de vidro espatifado. Sem arranhões. O longa é isso mesmo. Uma sucessão de efeitos especiais, amarrados em um roteiro pensado para as cenas de grande impacto de tecnologia 3D. O capricho visual, cercado de uma trilha sonora eletrizante, permite supor que não sobrou tempo para se pensar nas possíveis verossimilhanças com o mundo fora das telas do computador. E é isso que se tem falta assistindo ao filme, que tem estreia mundial nesta sexta-feira (1). “Transformers: O Lado Oculto da Lua” começa instigante, com a teoria conspiratória de que os primeiros astronautas descobriram algo assustador no lado sem luz do satélite terrestre. O momento “é tudo verdade” no meio da luta entre os Autobots (carros-robôs do bem) e os Decepticons (do mal) fica por conta das imagens reais dos presidentes americanos John Kennedy e Richard Nixon e da classuda participação do astronauta Buzz Aldrin, segundo homem a pousar na Lua, que aparece interpretando a si mesmo. Shia LaBeouf interpreta Sam Witwicky, desempregado que logo é alçado à categoria de herói para salvar o mundo. Ao seu lado também continua, assim como nos filmes anteriores da franquia, Josh Duhamel no papel de um militar. A ausência sentida é da bela Megan Fox, demitida por Michal Bay, segundo boatos, porque o teria comparado a Hitler. Coube então à modelo inglesa Rosie Huntington-Whiteley, no topo das listas mundiais de beleza, fazer par romântico com Shia LaBeouf. No meio de gigantes robôs que gritam, matam, viram carro e se desviram em lataria cortante prestes a dominar o universo, a questão da falta de maquiagem nas cenas de ação não deveria ser tão relevante. Mas é. Ao menos para os expectadores mirins, alvos principais do filme, atentos a todos os detalhes. Incluindo aí as cenas nas quais há closes generosos em Rosie Huntington-Whiteley. Não há efeito especial que impressione mais do que as estonteantes pernas da loura.


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