30 de ago. de 2011

Aloe Blacc revive a soul music no Brasil


Em passagem pelo Brasil, cantor fala sobre o renascimento da black music, do hit 'i Need a Dollar' e diz que Jorge Ben é 'herói'

Norte-americano descendente de panamenhos, Egbert Nathaniel Dawkins III, 32 anos, foi um dos destaques do Back2Black, festival ocorrido no Rio de Janeiro no último final de semana. Nesta terça, ele fecha sua passagem pelo Brasil com show no Bourbon Street (rua dos Chanés, 127), em São Paulo. A apresentação de hoje está marcada para as 23h; antes, às 21h30, é a vez do Tinariwen, banda de nômades do nordeste da África. Os ingressos custam R$ 70 (pista) e R$ 120 (mesa). Informações pelo telefone (11) 5095-6100. "Definitivamente adorei o show no Rio", disse Aloe Blacc ao iG. "Me senti honrado em estar em um evento com artistas que eu respeito muito e considero heróis, como Jorge Ben e Chaka Khan. Não sei o quanto as pessoas no Brasil conhecem minha música, mas parece que isso não importa muito, já que o público participou bastante, dançando e cantando." Blacc tem dois discos lançados, "Shine Through" (2006) e "Good Things" (2010), ambos pela Stones Throw – importante gravadora independente dedicada a artistas que procuram esticar as fronteiras do hip hop. Além de rap, a música de Blacc tem, por exemplo, soul, funk, reggae, jazz e até rock. Se a soul music vem sendo redescoberta nos últimos anos, por meio de artistas como Amy Winehouse, Adelle, Duffy, Mayer Hawthorne e Sharon Jones, o nome de Aloe Blacc também deve aparecer nos créditos. Sobre isso, ele emenda: "A soul music é atemporal, todo mundo gosta. É difícil achar alguém que não goste de Stevie Wonder, Marvin Gaye ou James Brown. E todos somos fãs de Michael Jackson, que desenvolveu sua carreira trabalhando com os melhores produtores e letristas de soul." "Acho que as pessoas hoje querem cantores com vozes de verdade. Querem ouvir instrumentos reais em vez de sintetizadores e baterias eletrônicas. As pessoas apreciam letras relevantes em vez de ouvir apenas músicas alegres e açucaradas canções de amor." "Às vezes você precisa da comida que sua mãe prepara em vez de parar em um fast food na rua. A soul music está aparecendo de diversas maneiras, e gosto quando combina diferentes elementos, como em 'Miseducation', da Lauryn Hill e 'Voodoo', do D'Angelo. Cee-Lo Green também tem uma voz ótima". A voz de Aloe Blacc não deve nada à dos cantores citados por ele e se como compositor ele não pode ser considerado um ativista, suas músicas pinçam, aqui e ali, temas como preconeito e questões sociais. "I Need a Dollar", o primeiro single de "Good Things", tornou-se um hit nos Estados Unidos – foi trilha de seriado, de game e música da semana no iTunes. A melodia, leve e redonda, é contornada perfeitamente pela voz de Blacc. "Não imaginava que essa música fosse se tornar um hit porque, como um artista independente, estava acostumado a receber apenas uma pequena atenção de um público específico. É curioso que crianças e idosos e gente de todas as etnias e línguas gostam dela. Acho que há algo além da letra para atrair tanta gente. Tem uma atmosfera e espírito que são universais."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SUA MENSAGEM É BEM RECEBIDA !

MARATONA CHARME DO BOLA PRETA - 19/01/23 19H.

 MARQUINHO BRAD DJ - TOCANDO OS CLÁSSICOS DO CHARME CORDÃO DO BOLA PRETA